quarta-feira, 10 de abril de 2013

Trindade


Num mês em que o Centro Lusitano de Unificação Cultural faz anos que pela primeira vez editou um livro (há 25), organizou um ritual (há 20) e publicou uma revista (há 14) - a “Biosofia”, vencedora do Prémio Informação Solidária este ano - relemos uma das suas obras.
Texto Dina Cristo

No livro, publicado em 2000 e assinado por Trasgo, pode ler-se: «O que vemos depende do olho, não do que há para ser visto, não da Luz; o que ouvimos depende do ouvido, não do que há para ser escutado, não do Som»[1]. «A Voz do Espaço-Tempo expressa muita coisa; porém o Silêncio permanece ainda além»[2]. Nele se aborda o pólo feminino, o masculino e a sua síntese.
O espaço corresponde à matéria, à mãe, ao Espírito Santo, à luz oculta. É o pólo material que se expressa através da criatividade. Está associado à forma e sons externos, à melodia, e à quarta dimensão, a percepção tetradimensional que inclui, além do nível tridimensional (altura, largura e comprimento), a capacidade de consciencializar vários espaços coincidentes ou sobrepostos.
O tempo corresponde ao espírito, à luz maior. É o pólo espiritual que se expressa através da síntese. Está associado ao silêncio, à vida, à vontade, ao impulso e à quinta dimensão, a percepção pentadimensional que inclui, além da tetradimensional, a possibilidade de consciencializar, em simultâneo, vários tempos; está igualmente relacionado com o karma, a ordem e o nome.
Desta relação, resulta o filho, o espaço-tempo, a luz da consciência exteriorizada, a alma mediadora e o ponto de unidade entre o padrão vibratório essencial e perene, o pólo masculino, e os sons externos de cada forma, o pólo feminino; corresponde ao verbo que permite a coesão e a animação da forma.

[1] CLUC – No domínio do espaço-tempo, 2000, pág. 104. [2] Idem, pág. 95.

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