quarta-feira, 4 de março de 2009

Sete divas

Próximo do Dia Internacional da Mulher, identificamos os seus sete modos de ser (deusa). Seguimos a mesma autora de "Os deuses em cada homem".

Texto Dina Cristo


Há sete qualidades humanas que podem ser activadas e invocadas; correspondem a padrões universais de consciência, necessidades, modos de ser e de se comportar, forças internas, expressões da Grande Deusa, Ísis. Dividem-se em deusas virgens – independentes, activas, de consciência focada, yang, de que são exemplos Ártemis, Atena, Héstia -, deusas vulneráveis – dependentes, passivas, de consciência difusa, yin, é o caso de Hera, Deméter e Perséfone - e Afrodite, a deusa alquímica – simultaneamente autónoma e receptiva, yang-yin. Vamos espreitá-las.
Ártemis é a deusa da caça (persegue um alvo, é competidora) e da lua (identifica-se com a natureza). É irmã, mas impiedosa; deve ser mais clemente. A Diana romana.
Atena é a deusa da sabedoria e dos ofícios (deve fazer artes manuais); estratega (valoriza o intelecto, tem uma mente analítica e impessoal, pensa bem e de forma calculista, tem um olhar crítico e um coração de pedra, é filha do pai. Deve descobrir a criança que nunca foi e aprender a não rotular. A Minerva Romana.
Héstia é a deusa do lar, do templo; é sensata, honrada, desapegada, contemplativa, solteira, introvertida e socialmente isolada (tem dificuldade em enfrentar o mundo exterior e sente prazer nas tarefas domésticas). Mulher sábia mas apagada e sem ambição. Deve aprender a exprimir os seus sentimentos, a guardar a sua privacidade e a adaptar-se ao mundo. A Vesta Romana.
Hera é a deusa do casamento, criadora de compromisso, esposa, ciumenta, insegura, fiel, leal e ligada ao marido – o núcleo da sua vida e em quem delega as suas escolhas. Foi seduzida. Deve canalizar a sua raiva para o trabalho. A Juno dos Romanos.
Deméter é a deusa dos cereais, mulher nutridora e mãe (perseverante), com grande instinto maternal e impulso para a gravidez e pouco sensual. É generosa, altruísta, sólida, sustentadora, voluntária, mas também controladora, supervisora, sufocante e muito defensiva; tem um comportamento passivo-agressivo, grande dificuldade em dizer “não” e tende à depressão. Foi violada. Deve aprender a recusar, a exprimir a cólera e a desenvolver outros interesses. A Ceres Romana.
Perséfone é a donzela e rainha dos infernos, mulher receptiva e filha da mãe (menina da mamã). Jovem, sem consciência sexual, pudica, descuidada; influenciada, muito maleável, submissa, obediente, aceitadora, cede às exigências, passiva; indecisa, sem direcção, dinamismo ou responsabilidade, pouco empenhada, dependente, insegura, sem auto-confiança; cautelosa, introvertida, introspectiva, triste; esteve demasiado tempo refugiada, sente-se culpada e sonha acordada. Foi raptada. Pode regressar à realidade e ser mediadora (entre o consciente e inconsciente).
Afrodite é a deusa do amor, da beleza e da fecundidade. A amante, com vida subjectiva e impulso para a união; extrovertida, tem consciência sexual, prazer e empenha-se no momento, aprecia a intensidade, vive o presente imediato, menosprezando os planos e os compromissos. Deve zelar pelos seus interesses e prioridades. A Vénus dos Romanos.
A heroína, diz a autora, é a mulher que ama em plenitude e equilíbrio, aquela que depois de contabilizar as diferentes forças (motivações) e de fazer uma escolha amorosa e racional, aceita o resultado e a dor da perda das restantes, aprendendo, crescendo e continuando.
Tudo começou quando Geia (a Terra) deu à luz Urano (o Céu), com quem acasalou e gerou os 12 titãs, entre os quais Cronos – que matou o pai e casou com a irmã Reia, tendo como filhos Posídon, Hades, Héstia, Deméter, Hera e Zeus. Este último foi o único que escapou ao pai (Cronos, que os comia a todos) e teve vários filhos.

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